quinta-feira, 18 de julho de 2013

Ídolos geniais: Arquimedes de Siracusa

Iniciando a primeira série de Universalis Scientia: Ídolos geniais. 
Para conhecer melhor as mentes que deixaram seu legado em prol do conhecimento até atualmente. E começaremos falando de Arquimedes.



“Brincar é condição fundamental para ser sério.
Arquimedes de Siracusa nasceu por volta de 287 a.C. na região de Sicília (na época era uma colônia da Grécia). Pouco se sabe sobre sua vida, sua biografia foi escrita por seu amigo Heráclides e que segundo João Tzetzes, teria vivido 75 anos. Arquimedes era filho de um astrônomo, Fídias.
Talvez tenha estudado em Alexandria (Egito) e possivelmente familiarizado com dois gênios: Conon de Samos e Eratóstenes. Arquimedes foi considerado o maior matemático da Antiguidade, mas também era físico, engenheiro, inventor e astrônomo.

“Deem-me um apoio e moverei o mundo.”
•Princípio do empuxo
Entre suas invenções e descobertas destaca-se o princípio do empuxo, por sua história. Arquimedes era parente do Rei Hierão II, governante de Siracusa;  e o rei havia um enigma em mãos. Segundo Plutarco, o rei mandou um ouvires fazer uma coroa, porém temendo que o mesmo pudesse ter substituído o ouro da coroa por prata, o rei pediu para que Arquimedes descobrisse se a coroa era feita de ouro puro.
Depois de muito pensar, Arquimedes, durante o banho, observou que a água se elevava-se quando seu corpo afundava na água. Tão empolgado com a descoberta, correu nu pelas ruas gritando “Eureka!” (significa “encontrei” em grego). Descobrindo assim, o princípio do empuxo e resolvendo o enigma do rei Hierão II.

•Siracusia e a bomba de parafuso



Foi outro pedido do rei para Arquimedes: desenvolver um navio. Então o gênio inventou o Siracusia, um navio de luxo que provavelmente era a maior embarcação da época, conseguindo transportar cerca de 600 pessoas, era enfeitado por jardins , possuía seu próprio gymnasion (antigamente era uma estrutura usada como vestiário, banheiro e sala de treinamento, posteriormente também se tornou salas de discussão e logo instituições de aprendizagem) e um templo dedicado à deusa Afrodite.
Uma vez que um navio desse tamanho deixaria passar uma quantidade considerável de água através do casco, Arquimedes desenvolveu a bomba de parafuso (o parafuso que recebeu seu nome: “o parafuso de Arquimedes”), tal invenção ainda é utilizada e, segundo Vitrúvio, foi uma importante melhoria para originar os Jardins Suspensos da Babilônia.

•Garra de Arquimedes
A fim de defender Siracusa, que era uma cidade portuária. Arquimedes desenvolveu uma espécie de garra sustentada por um guindaste antigo, que era suspensa até acima da embarcação inimiga e que se deixava cair, não suficiente, a invenção ainda tinha braços que eram abertos após perfurar o navio e balançava e retirava o mesmo da água.

•Raio de calor


Bem parecido com um forno solar, mas esse criado para gerar chamas em um navio inimigo. A invenção consistia-se em uma série de espelhos posicionados no alto das montanhas (lembrando que as terras europeias banhadas pelo mar Mediterrâneo são bastante montanhosas) e todos espelhos miravam em apenas um alvo em comum, elevando a temperatura do alvo; e como os navios da época eram revestidos por tinta de betume, ficava simples causar um incêndio em poucos segundos.

•Outras invenções
Arquimedes não inventou a alavanca, porém afirmou ser possível movimentar qualquer objeto pesado com o uso de alavancas e roldanas, dizia para o rei: “Deem-me um apoio e moverei o mundo.”
Esse gênio não apenas contribuiu para engenharia e física como também para a matemática como, por exemplo, utilizar o método da exaustão para aproximar o valor de π, a espiral e superfícies de revolução. E muitas outras invenções e descobertas.

"Aquele que sabe falar sabe também fazê-lo"
Arquimedes morreu por volta de 212 a.C., durante a Segunda Guerra Púnica. Existem várias versões de como ele morreu, mas ele foi encontrado pelo exército romano e morto por um soldado por engano, logo que o General Marcelo, quem comandava a invasão, o queria vivo para conhecer melhor o gênio.


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